O propósito
deste estudo é considerar o que a Bíblia, a Palavra de Deus ensina sobre a
identidade de Jesus e do Espírito Santo. A Bíblia contém a verdade histórica
sobre Jesus e Espírito Santo, e estamos buscando entender as muitas passagens
bíblicas relativas à questão de sua identidade. Mesmo dentro de modernos
círculos religiosos, entre aqueles que declaram aceitar a Bíblia como
verdadeira tem havido desacordo muito espalhado quanto a se Jesus e o
Espírito Santo era Deus ou não. Há também a questão bíblica a respeito do que
Jesus renunciou quando veio a terra. Alguns ensinam que Jesus era Deus enquanto
estava no céu, mas, quando veio a terra, despiu sua divindade e se tornou nada
mais do que um humano. Há também a questão bíblica a respeito do Espírito Santo
se é uma Pessoa da Divindade ou uma energia ou força ativa de Deus como algumas
religiões erroneamente afirmam ser.
Estas questões teológicas têm grandes implicações práticas. Se o Espírito Santo de fato é uma Pessoa da Divindade então é digno de toda honra, glória, louvor e adoração. E também se Jesus realmente é Deus, então ele merece pleno compromisso e submissão e adoração. Se não era quem declarava ser, então era uma fraude e merece ser relegado ao status de charlatão ou louco.
Estas questões teológicas têm grandes implicações práticas. Se o Espírito Santo de fato é uma Pessoa da Divindade então é digno de toda honra, glória, louvor e adoração. E também se Jesus realmente é Deus, então ele merece pleno compromisso e submissão e adoração. Se não era quem declarava ser, então era uma fraude e merece ser relegado ao status de charlatão ou louco.
Portanto neste estudo, o foco será sobre o que a
própria Bíblia diz a respeito de Jesus Cristo "Yeshua Mashiach".
Será feita menção às modernas tendências que se afastam da aceitação de
Jesus (Yeshua) e do Espírito Santo como Deus (Elohim), mas será dada
especial atenção aos textos bíblicos. A intenção é mostrar que a Bíblia de fato
ensina a Divindade de Jesus Cristo (Yeshua Mashiach) e do Espírito Santo.
Atenção especial será dada aos versículos específicos que ensinam sobre
Jesus (Yeshua) e Espírito Santo.
Observação importante resumida:
No hebraico o nome do Deus Filho é: "Yeshua Mashiach" e
no grego é: "Iesoûs ho Khristós" e não Jesus como muitos conhecem
hoje, pois não existe a letra "J" no grego e nem no hebraico.
O nome de Deus Pai contém quatros consoantes conhecido como
tetragrama que no hebraico se escreve יהוה (he,
waw, he, yod, que se leem da direita para a esquerda). A transliteração
para o nosso alfabeto seria YHWH. Os escribas conhecidos por massoretas em
6000 anos de nossa era, introduziram um sistema de sinais vocálicos para
facilitar a compreensão da leitura do texto consonantal em hebraico. No entanto
ao se
deparar com o tetragrama "YHWH", não sabiam deforma alguma pronunciar
o nome de Deus, porque os judeus, por obediência
aos Dez Mandamentos não pronunciavam o
divino nome, sem ter uma razão ou proposito para pronunciar o mesmo (Êxodo
20:7). Deus "YHWH" não ia tomar por inocente o que invocasse seu nome
em vão.
Vale
ressaltar, que os massoretas quando acrescentaram as vogais no tetragrama
YaHoWaH, não foi em momento algum para pronunciar o nome de Deus de Jeová, isso
jamais. A intenção era para que qualquer pessoa que fosse ler o livro sagrado,
e se deparasse com o nome de Deus "YHWH", pronunciasse "Adhonay",
que traduzido para o nosso português por "SENHOR", tudo em maiúsculo,
para se distinguir da palavra hebraica "adhonay", para
"SENHOR". Lembrando que a
palavra Jeová jamais foi usada no hebraico e por isso, raramente é pronunciada
hoje.
No original grego o nome Jeová não aparece nenhuma vez sequer no Novo
Testamento, mas o que aparece de fato é "Kurios". As Testemunhas de
Jeová acrescentaram 237 vezes o nome Jeová por conta própria. É por isso que só
na Tradução do Novo Mundo - no Novo Testamento - aparece o nome Jeová. Mas
quando "Kurios" é usado em relação a Cristo eles omitem esse fato.
Embora a palavra Trindade não seja encontrada na Bíblia (nem a palavra
encarnação), o ensinamento que ela descreve é encontrado ali. A doutrina da
Trindade estabelece o conceito de que há três Seres plenamente divinos: Pai,
Filho e Espírito Santo, que formam um Deus. O termo “Divindade” que é
encontrado em Romanos 1:20 e Colossenses 2:9. A Bíblia de fato nos prova a
existência de três seres divinos e distintos que se encontra em (Mateus 3:16-17;
Mateus 28:19; 2 Coríntios 13:13; João 14:16-17; Judas 20-21), e através dessas
passagens encontramos claramente o termo Trindade, ou seja, há três Seres
viventes na Divindade. Pois “há três pessoas vivas pertencentes ao Trio
celeste; em nome destes três grandes poderes – o Pai, o Filho e o Espírito
Santo – os que recebem a Cristo por fé viva são batizados, e esses poderes
cooperarão com os súditos obedientes do Céu em seus esforços para viver a nova
vida em Cristo”.
O próprio Deus Pai "YHWH" é um mistério, quanto mais
a encarnação ou a Trindade. Entretanto, isso não deveria nos embaraçar, já que
os diferentes aspectos desses mistérios são ensinados nas Escrituras. Embora
não possamos compreender tudo sobre a Trindade, necessitamos tentar entender, tanto
quanto o ensino bíblico a seu respeito. Todas as tentativas para explicá-la
serão insuficientes, “especialmente quando refletimos sobre a relação das três
pessoas com essência divina, pois todas as analogias são limitadas e nós nos
tornamos profundamente conscientes de que a Trindade é um mistério muito além
da nossa compreensão.”
Um elemento crucial na doutrina da Trindade é a divindade de Cristo
"Khristós". Diante do ensinamento de que há um Deus
"Elohim" em três pessoas, e que cada uma dessas pessoas é
plenamente divinas e distintas, é importante verificarmos o que as Escrituras
ensinam sobre a divindade de Cristo "Khristós". Existem passagens no
Novo Testamento que confirmam a plena deidade de Cristo "Khristós".
O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE JESUS?
A partir deste ponto, o foco mudará para os textos escriturais e
perguntará: a Bíblia, de fato, ensina que Jesus era Deus? Há muitos que
professam que a Bíblia é historicamente verdadeira, mas que não crêem que Jesus
fosse Deus. É este problema que será enfrentado.
O QUE SIGNIFICA “DIVINDADE”?
Divindade é, geralmente, uma referência a um ser que está no estado de
ser Deus. Ao dizer que um ser é “divino”, está-se dizendo que este ser possui a
natureza de Deus, ou está no estado de ser Deus. Na Bíblia, Theos, Deus,
refere-se “ao ser supremo sobrenatural como criador e mantenedor do universo:
Deus” (Louw e Nida 137). A Bíblia se refere a Deus como aquele que “fez o mundo
e tudo o que nele existe” (Atos 17:24). Palavras derivadas de theos, como
theotes, se referem à “natureza ou estado de ser Deus” (Louw e Nida 140). Esta
é a idéia como é encontrada em Colossenses 2:9, que afirma com referência a
Jesus, “nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade”. Ao afirmar
que Jesus é divino, está-se dizendo que Jesus possui certas características
divinas. Antes, está-se dizendo que ele é propriamente Deus, o ser supremo
sobrenatural que criou e sustenta o universo.
Pode ser mostrado pela Bíblia que Jesus possui a natureza de Deus, então
será mostrado que a Bíblia ensina que ele é Deus. A “natureza” se refere aos
atributos, características e qualidades que fazem de alguma coisa o que ela é.
São os traços essenciais que pertencem a alguma coisa. Se alguém é desprovido
destes traços essenciais de divindade, essa pessoa não é Deus. Gálatas 4:8 se
refere “àqueles que por natureza não são deuses”. Essas pessoas tinham adorado
alguma coisa que não era Deus; esses ídolos não continham a essência da
divindade. Conquanto seja impossível definir todos os atributos essenciais de
Deus, e isso não esteja dentro do alcance deste estudo, algumas das
características específicas que se ajustariam dentro desta categoria incluem a
onipotência e a eternidade. Somente Deus é “Todo-Poderoso” e eterno, no sentido
em que ele não teve princípio e não tem fim. Qualquer ser que possuísse esta
característica seria certamente considerado divino. A questão é: são tais
atributos atribuídos a Jesus Cristo na Bíblia? Este estudo responde
afirmativamente, e procurará mostrar algumas das várias provas bíblicas da
divindade de Jesus. Evidências de ambos, do Velho como do Novo Testamento,
serão consideradas.
O VELHO TESTAMENTO
Para mostrar que Jesus é o Messias, é comum ir ao Velho Testamento para
considerar as muitas profecias e alusões (mais de 300) a respeito do Messias.
Depois, deve mostrar no Novo Testamento como Jesus cumpriu estas profecias.
Algumas destas profecias incluem referências ao Messias como sendo divindade.
Isaías 9:6 se refere ao Messias como “Deus Poderoso” (El Gibbor). Em
Jeremias 32:18, o nome de “Deus Poderoso” é identificado como “SENHOR (YaHoWaH)
dos exércitos”. Alguns têm argumentado que “Deus Poderoso” não é o mesmo que
“Deus Todo-Poderoso” e, portanto, Jesus não era realmente (YaHoWaH).
Jeremias responde essa questão. O “Deus Poderoso” é “YaHoWaH dos
exércitos.”
“YaHoWaH” (Adhonay) é usado 6.800 vezes no Velho Testamento. É o nome
mais precioso para Deus. “Jesus,” como abreviação de Yeshua, significa “YaHoWaH (Adhonay),
o Salvador”. Para seus pais terrestres, foi dada a mensagem que seu filho
se chamaria “Yeshua” (Mateus 1:21). Isto não foi acidental. A Bíblia de fato
ensina que Jesus era (YaHoWaH) feito carne (João
1:1,14). Considere as seguintes ligações bíblicas:
1. Isaías 8:13-14 se refere a (YaHoWaH) como
aquele que se tornaria uma pedra de tropeço e uma rocha de ofensa. O Novo
Testamento aplica isto a Jesus em 1 Pedro 2:8.
2. Isaías 40:3 fala daquele que viria diante de “YaHoWaH” no deserto.
Isto é aplicado a João Batista quando preparava o caminho para Jesus, o Cristo
"Yeshua Mashiach" (Mateus 3:3; Lucas 1:76; João 3:28).
3. Em Isaías 42:8, “YaHoWaH” fala da glória que pertence
somente a ele, e que ela não seria dada a outro. Jesus pregou sobre a
glória que ele partilhava com o Pai antes que houvesse mundo (João 17:5). Em
Isaías 6 é relatada uma visão na qual Isaías viu “YaHoWaH” sentado em
seu trono. João 12:36-41 registra que afirmações feitas por Isaías foram
pronunciadas “porque ele viu sua glória, e falou dele”. No contexto, isto é
claramente uma referência a Jesus "Yeshua". Isaías viu “sua” glória e
falou “dele”, de Jesus "Yeshua". Isto liga Jesus a Deus Pai "YaHoWaH".
4. Isaías 44:6 faz uma afirmação clara a respeito de YaHoWaH: “Eu
sou o primeiro e eu sou o último, e além de mim não há Deus”. Seria lógico que
alguém que declarasse isto teria que ser Deus, ou teria que ser um mentiroso. O
Novo Testamento atribui esta mesma frase, “o primeiro e o último”, a Jesus (Apocalipse
1:17-18; 2:8: 22:13-16). Estas referências ensinam que Jesus é YaHoWaH.
5. SALMOS 102 COMEÇA UMA ORAÇÃO A YaHoWaH. Uma parte desta mesma
oração é aplicada a Jesus "Yeshua" em Hebreus 1:10-12.
Seria difícil conciliar como uma oração (ou mesmo uma parte de uma) feita a
"YaHoWaH" pudesse ser assim aplicada a alguém que não é Deus.
Estas e outras referências tomadas juntamente proveem um apoio muito
forte para a divindade de Cristo sendo ensinada pelo Velho Testamento. Não
parece ser por acidente que tais ligações fossem feitas entre os Testamentos.
Jesus "Yeshua" não estava vindo a esta terra para ser só
qualquer outro homem; ele estava vindo para ser o salvador do mundo.
Definitivamente, somente o próprio Deus poderia preencher este papel.
O QUE OS RELATOS DO EVANGELHO ENSINAM?
Os relatos do Evangelho não fornecem biografias completas da vida de
Jesus "Yeshua". Eles, contudo, dão eventos relevantes, atos,
declarações ensinamentos de Jesus "Yeshua" enquanto ele
vivia nesta terra. Portanto, é apropriado considerar o testemunho destes
registros. Ensinam eles que Jesus "Yeshua" é divindade? Nem
todos os registros dão o mesmo destaque aos atos e ensinamentos que outros.
Cada evangelho foi escrito por propósito pretendido e para uma audiência
especial. Diferentes ângulos são considerados nos ensinamentos de
Jesus "Yeshua", e diferentes fatos são enfatizados.
1. AS DECLARAÇÕES DE JESUS "Yeshua". Conquanto
Jesus "Yeshua" não tenha feito nenhuma declaração explícita
de que era Deus, ele de fato fez declarações que definitivamente o
identificavam como Deus "Elohim". Tomadas em conjunto,
elas apoiam uma questão para o entendimento de
Jesus "Yeshua", que ele é Deus "Elohim".
a. ELE DECLAROU TER UMA RELAÇÃO INIGUÁLAVEL COM O PAI. Ele não declarou
apenas crer ou amar a Deus; ele declarou que ele e o Pai eram um (João 10:30).
Ele não se referiu a si mesmo como um filho de Deus, mas o Filho de Deus. João
5:17-18 registra uma ocasião quando Jesus tinha feito um milagre justamente no
sábado. Ele disse aos judeus: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho
também”. Isto enfureceu os judeus, por isso “ainda mais procuravam matá-lo,
porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio
Pai, fazendo-se igual a Deus”. Eles entenderam que Jesus estava alegando ter
uma relação com o Pai num sentido incomparável, e creram que isto era
blasfêmia, pois ele estava “fazendo-se igual a Deus”.
b. ELE DECLARAVA TER AUTORIDADE PARA PERDOAR PECADOS. Marcos 2 registra
quando Jesus, confrontado com um homem paralítico, simplesmente disse: “Filho,
teus pecados são perdoados”. Os judeus pensaram que isto era errado, pois
ninguém “pode perdoar pecados a não ser Deus somente”. De modo a provar que ele
tinha autoridade para perdoar, Jesus curou o homem. O direito a perdoar pecados
é um direito divino.
c. ELE SE DECLAROU SEM PECADO (João 8:29,46; 18:23). Outras passagens
bíblicas apoiam esta declaração (Hebreus 4:15), que põe Jesus em nítido
contraste com todos os outros, pois pecaram (Romanos 3:23).
d. ELE DECLAROU TER AUTORIDADE PARA JULGAR O MUNDO (João 5:25-27). Ele
disse que suas palavras haveriam de julgar no último dia (João 12:48). Ou ele
se entendia como Deus, ou era o homem mais convencido e arrogante que jamais
viveu.
e. Ele declarou falar as próprias palavras de Deus. Ele disse: “Minhas
palavras não passarão” (Mateus 24:35). Ele colocou suas próprias palavras em
igualdade com as palavras de Deus.
f. ELE DECLAROU SER O ÚNICO CAMINHO PARA A SALVAÇÃO. Ele disse: “Eu sou
o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14:6).
Não se pode ficar neutro diante de uma declaração como esta. Ela é estreita e
exclusiva. Mais tarde, os apóstolos testemunharam que não há outro nome dado
pelo qual podemos ser salvos (Atos 4:12). Se não, a Bíblia está afirmando
salvação através de alguém que não tem direito a declarar ser o único caminho
até Deus.
g. ELE DECLAROU SER O AUTOR E DOADOR DA VIDA. “O Filho do homem dá vida
a quem ele quer” (João 5:21). Ele se chamou o “pão da vida” (João 6:48), e a
“ressurreição e a vida” (João 11:25).
h. JESUS EXIGIU A MAIS ALTA LEALDADE DA HUMANIDADE. Ele disse que seus
seguidores têm que negar a si mesmos e segui-lo (Lucas 9:23). Ele disse a seus
seguidores que eles têm que amá-lo acima de tudo o mais, incluindo membros da
família (Lucas 14:26; Mateus 10:34-39). Se Jesus não pensasse que ele era Deus,
o que mais poderia ele estar pensando?
i. ELE DECLAROU CUMPRIR TODAS AS PROFECIAS DO VELHO TESTAMENTO A
RESPEITO DO MESSIAS. (Lucas 24:44). Considerando quantas profecias há sobre o
Messias, esta é uma admirável declaração. Uma vez que, conforme já foi
demonstrado, o Velho Testamento liga o Messias a Yahweh, então a declaração de
Jesus de ser o Messias é também uma declaração de divindade.
j. JESUS DECLAROU SER DEUS. Ao falar aos judeus sobre Abraão, Jesus
disse: “Antes que Abraão fosse EU SOU” (João 8:58). Isto levaria os judeus de
volta ao tempo quando Yahweh falou a Moisés no arbusto ardente, declarando ser
“EU SOU O QUE SOU” (Êxodo 3:14). Por causa desta declaração os judeus pegaram
pedras para atirar em Jesus, pois eles sabiam as suas implicações. Nesta
afirmação, Jesus estava declarando existência eterna e auto-suficiência. Se ele
não fosse Deus, então isto realmente seria blasfêmia.
Estas declarações demonstram o ensinamento bíblico que Jesus tinha uma
consciência messiânica e divina. Rejeitar todas elas como sendo sobrepostas a
Jesus por discípulos ulteriores não é consistente com a evidência, e retrata os
discípulos ulteriores como sendo tão espertos e fraudulentos que se torna
difícil imaginar. Estas declarações são sutis, ainda que fortes. Tomadas em
conjunto, elas argumentam que Jesus declarou ser Deus.
TÍTULOS ATRIBUÍDOS A JESUS
Jesus se refere a si mesmo por vários títulos, e outros escritores do
Novo Testamento se referem a Ele por várias descrições. Estas referências a
Jesus demonstram uma alta Cristologia na Bíblia. Elas mostram tanto a concepção
que Jesus faz de si mesmo como os pontos de vista de outros sobre ele. Esta
parte discutirá cinco dos importantes e debatidos títulos, bem como descrições
que foram usadas para Jesus, tanto nos relatos do Evangelho como nas epístolas.
1- JESUS É O VERBO: João 1:1-3. “No princípio era o Verbo, e o Verbo
estava com Deus e o Verbo era Deus.” Alguns dizem que aqui há uma distinção
entre Deus o Pai, que é o Deus, e Jesus, que é apenas um deus. O termo grego
para Deus (theos) é encontrado com artigo (ho), “o Deus”, ou sem artigo, “deus”
ou “Deus”. Em João 1:1-3, o Pai é chamado ho theos ao passo que o Filho é
chamado theos. Será que isso justifica a argumentação de que o Pai é Deus
Todo-poderoso, enquanto o Filho é apenas um deus menor?
O termo theos sem artigo frequentemente também é usado para o Pai,
inclusive no mesmo capítulo (João 1:6, 13 e 18; Luc. 2:14; Atos 5:39; I Tess.
2:5; I João 4:12; II João 9).
Jesus também é chamado o Deus (Heb. 1:8 e 9; João 20:28). Em outras
palavras, o uso do termo Deus, com ou sem artigo, não pode ser argumento para
se fazer distinção entre Deus o Pai e Deus o Filho. Deus o Pai é theos e ho
theos, assim como o Filho.
Muitas vezes, a ausência do artigo, no idioma grego, denota qualidade
especial. Nesse caso, o substantivo não deveria ser traduzido com o artigo
indefinido “um”.
Se João tivesse usado o artigo definido cada vez em que aparece theos,
ele estaria indicando a existência de apenas uma pessoa divina. Mas João 1:1
diz: “No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus, e o verbo era theos.”
Caso tivesse usado apenas ho theos, deveríamos ler: “No princípio era o Verbo e
o Verbo estava com ho theos, e o Verbo era ho theos.” Segundo João 1:14, o
Verbo é Jesus. Portanto, substituindo “Verbo” por “Jesus” temos a sentença “no
princípio era Jesus e Jesus estava com ho theos, e Jesus era ho theos.” Ho
theos refere-se claramente ao Pai. O texto modificado seria: “No princípio era
o Verbo e o Verbo estava com o Pai, e o Verbo era o Pai.” Isso é teologicamente
errado. Falando de duas pessoas da Divindade, João não teve escolha senão usar
ho theos uma vez e, na seguinte vez, usar theos. A ausência de artigo no
segundo caso não pode ser usada como argumento contra a igualdade entre Pai e
Filho. (Antony cleriston).
2- FILHO DE DEUS. A Bíblia se refere frequentemente a Jesus como o Filho
de Deus. Ainda que Jesus não usasse isto para referir a si mesmo, ele de fato
falou de tal modo que apoiaria seu entendimento de que ele era o Filho de Deus
(João 5:17-19). Alguns tomaram a frase “Filho de Deus” para significar que
Jesus era o “descendente” de Deus. Ela é usada, então, para dizer que a Bíblia
ensina que Jesus foi um ser criado. Contudo, a frase “filho de” é aberta para
diferentes significados na Bíblia. Ela pode significar “descendente”, porém não
necessariamente em todo contexto. Ela pode também ter o significado de
identidade, aquele que compartilha da mesma natureza ou exibe as mesmas
características que outro. Por exemplo, Jesus se referiu a Tiago e João como
“filhos do trovão” (Marcos 3:17). Ele falou de “um filho de paz” (Lucas 10:6).
Judas foi mencionado como o “filho da perdição” (João 17:12). Portanto, “filho
de” nem sempre traz uma idéia física, literal, de “descendente.”
Com respeito a Jesus, Filho de Deus significa “aquele que tem as
características essenciais e a natureza de Deus” (Louw e Nida 141). Quando
Jesus declarou ser o Filho de Deus, ele estava declarando ter uma relação
inigualável com o Pai. Os judeus entenderam que Jesus quis dizer que ele era
“igual a Deus” (João 5:17-18; 10:30-38). Assim, ao afirmar que Jesus é o Filho
de Deus, está-se afirmando que Jesus compartilhou da mesma natureza que o Pai.
Ele é, em essência, “Deus o Filho.” Jesus é o Filho de Deus naquele muito
inigualável sentido que ele é uno com o Pai. Isso nada tem a ver com sua
origem.
3- FILHO DO HOMEM. Jesus referiu a si mesmo frequentemente como o “Filho
do Homem”. Isso é usado cerca de 82 vezes nos Evangelhos. A primeira impressão
que se tem do uso deste título é que ele identifica Jesus com a humanidade. A
Bíblia ensina que Jesus era um humano real. “Filho do Homem” pode certamente
implicar que Jesus compartilhava da natureza e caráter da humanidade. Parece,
contudo, que isto não explica adequadamente a frase. Jesus nunca teve que
provar que ele era humano, era óbvio ao se olhar para ele. Este uso do termo
era uma auto-designação, mas parece haver aí mais do que isso. A evidência
indicaria que a frase “Filho do Homem” também era messiânica por natureza. O
melhor apoio para isto pode ser dado pelas af4. UNIGÊNITO. A expressão “unigênito”
(monogenes) informações messiânicas em Daniel 7:13-14, onde o Messias é
retratado como um “Filho do Homem”, ou figura de aparência humana, a quem é
dado “domínio, glória e um reino”. Isto prepara o ambiente para o uso do título
por Jesus.
Jesus usou a frase “Filho do Homem” em diferentes situações. Primeiro,
ele usou-a para falar de si mesmo quando cumpria seu ministério na terra (p.
ex., Mateus 8:20; 11:19). Segundo, ele usou a frase para falar de si mesmo como
sofredor nas mãos dos homens, que o maltrataram e o executaram (p. ex., Marcos
9:12, 31; Lucas 24:7). Terceiro, ele usou-a para se referir ao seu aparecimento
em glória, como juiz supremo (p. ex., Mateus 16:27; 25:31; João 5:27). Jesus é
tanto o “servo sofredor” como o juiz de toda a terra.
Reymond observou:
“Não pode haver dúvida, então, que todos os quatro evangelistas, quando
interpretados corretamente, pretenderam que seus leitores entendessem que Jesus
é o Salvador do homem nos papéis de servo sofredor, que veio tanto para ‘buscar
e salvar o perdido’ (Lucas 19:10), como ‘não veio para ser servido, mas para
servir e dar a sua vida em resgate por muitos’ (Marcos 10:45; Mateus 20:28),
bem como vinha como juiz e Rei escatológico” (Reymond 57).
4- UNIGÊNITO: A expressão “unigênito” (monogenes) aparece em João 1:14 e
18; 3:16 e 18; I João 4:9. Esses versos falam de Jesus como o Filho unigênito
(monogenes) do Pai. Em razão disso, algumas pessoas sugerem que a palavra grega
monogenes indica que Jesus foi gerado literalmente.
A palavra monogenes significa “único de uma espécie”. Seu uso ocorre
nove vezes no Novo Testamento. Três vezes em Lucas (7:12; 8:42; 9:38) sempre se
referindo a um único filho. Nos escritos de João, ela aparece cinco vezes (1:14
e 18; 3:16 e 18; I João 4:9), como uma designação do relacionamento de Cristo
com o Pai. Em Hebreus 11:17, ela se refere a Isaque como o filho unigênito de
Abraão. Sabemos, entretanto, que Isaque não era o único filho do patriarca. Era
o único filho da promessa. A ênfase aqui não é sobre o nascimento, mas sobre a
unicidade do filho.
O termo normalmente traduzido como “gerado” é gennao. Ele aparece em
Hebreus 1:5 e pode estar se referindo à ressurreição ou à encarnação de Cristo.
Na versão Septuaginta, a palavra monogenes é a tradução da palavra hebraica
yachid, cujo significado é “único” ou “amado” (cf. Mar. 1:11, em conexão com o
batismo de Jesus).
Não é claro se monogenes se refere apenas ao Senhor ressuscitado,
histórico, ou também ao Senhor preexistente. Mas é interessante notar que nem
João 1:1-14, nem João 8:58 e nem o capítulo 17 usam o termo Filho para o Senhor
preexistente.
Mateus 14:33. “És Filho de Deus!”. Esse é um título messiânico (Sal.
2:7; Atos 13:33; Heb. 1:5), que enfatiza a deidade de Jesus. Embora seja um dos
muitos títulos que possuía, Ele o usava muito raramente para referir-Se a Si
mesmo (João 11:4).
5- PRIMOGÊNITO: A Bíblia se refere a Jesus como “primogênito”
(Colossenses 1:15-18; Romanos 8:29). Este termo também é aberto a um par de
significados. Ele poderia significar primogênito em tempo (Gênesis 27:19; Êxodo
11:5; Lucas 2:7). Neste sentido ele se refere ao primeiro filho nascido numa
família. Alguns têm tomado este significado e concluído que o uso da palavra
“primogênito”, com referência a Jesus, significa que ele foi o primeiro ser
criado. Contudo, isto não se mantém. O termo “primogênito” também é usado para
representar posição superior. Por exemplo, a Bíblia fala de “primogênito de
morte”, significando a doença mais fatal e mortal (Jó 18:13). Isaías 14:30 fala
de “primogênito dos desamparados”, significando aqueles que mais precisam de
auxílio. Outras passagens usam o termo deste modo (Êxodo 4:22; Jeremias 31:9;
Salmo 89:27). Nestes casos ele significa “preeminente”.
A respeito de Jesus, “primogênito” significa aquele que é primeiro e
preeminente sobre todos. Jesus existia antes da criação, e é superior à criação
(Louw e Nida 117). Ele é chamado “primogênito entre muitos irmãos”, o que se
refere a posição e não a tempo (Romanos 8:29). Ele é chamado o “Primogênito dos
mortos”, significando que ele foi o primeiro a ser levantado para nunca mais
morrer (Apocalipse 1:5). Colossenses 1:15 deverá ser entendido como
significando que Jesus é preeminente sobre toda a criação porque Ele mesmo é o
Criador. “A palavra enfatiza a preexistência e incomparabilidade de Cristo com
sua superioridade sobre a criação. O termo não indica que Cristo foi uma
criação ou um ser criado” (Reinecker 567). Portanto o título “Primogênito”
mostra uma alta Cristologia; Jesus é superior a tudo. Isto demonstra ainda mais
o ensinamento bíblico que o próprio Jesus é Deus.
AS OBRAS DE JESUS
Não era suficiente para Jesus fazer declarações espetaculares. Ele
precisava apoiar o que dizia. Este era o propósito das obras dele. Em João 5,
Jesus afirmou que seu próprio testemunho, por si só, não seria válido. Ele
defendeu-se apelando para outros testemunhos. Um destes testemunhos são as
obras que ele realizava: “as obras que o Pai me confiou para que eu as
realizasse, essas que eu faço, testemunham a meu respeito, de que o Pai me
enviou” (João 5:36). Nicodemos tinha vindo antes a Jesus e disse: “Rabi,
sabemos que és mestre, vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes
sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele” (João 3:2). Mais tarde, Jesus
disse aos judeus: “Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis; mas, se
faço, e não me credes, crede nas obras; para que possais saber e compreender
que o Pai está em mim, e eu estou no Pai” (João 10:37-38). João 20:30-31 afirma
que as obras que Jesus fez tinham a intenção de acender a fé naqueles que
sabiam delas. Pedro disse a alguns judeus no Pentecostes que Jesus era “varão
aprovado por Deus diante de vós, com milagres, prodígios e sinais, os quais o
próprio Deus realizou por intermédio dele entre vós, como vós mesmos sabeis”
(Atos 2:22). É impossível separar Jesus de suas atividades. Os milagres e as
obras que Jesus fez são inseparavelmente ligados com sua vida na terra; e não
podem ser rejeitados simplesmente por serem milagrosos.
Jesus fez diferentes tipos de milagres, mas podem todos ser
classificados em três categorias: milagres sobre a natureza (p. ex., acalmando
a tempestade), milagres de curas físicas (p. ex., curando o homem paralítico),
e milagres de ressurreição (p. ex., Lázaro). Houve muitas testemunhas da
maioria destes milagres. Mesmo os inimigos de Jesus os admitiam. O ponto aqui é
que a Bíblia ensina que Jesus operou milagres de modo a apoiar suas
declarações. Portanto, o que quer que seja que Jesus declarou, de acordo com a
Bíblia, foi provado por suas obras. Desde que suas declarações implicam, direta
ou indiretamente, que ele é Deus, então as obras que ele fez verificam isto e a
proposição deste estudo é verdadeira: a Bíblia ensina a divindade de Jesus
Cristo.
3. A ACEITAÇÃO DE ADORAÇÃO. Outra importante prova bíblica da divindade
de Jesus é sua aceitação de adoração. A Bíblia ensina que o único que deve ser
adorado é Deus. O próprio Jesus reconheceu isto (Mateus 4:10). Conquanto seja
possível para alguém que não é Deus aceitar adoração, a aceitação de adoração
por Jesus mostra, pelo menos, que ele pensava ser divino. Muitos exemplos disto
são dados nos relatos do evangelho (cf. Mateus 8:2; 9:18; 14:33; 28:9,17).
Merecem observação especial três passagens do Novo Testamento ligadas com isto:
a. João 5:23. Jesus afirmou que todos deverão honrar o Filho (Jesus)
exatamente assim como ele honrava o Pai. Se ele não pensasse que era Deus,
então ele era culpado de blasfêmia. Esta afirmação sozinha demonstra o
ensinamento bíblico da divindade de Jesus. Para que alguém declare que merece a
mesma honra que o Pai, teria que ser Deus, ou teria que ser um mentiroso.
b. João 20:28. Depois da ressurreição, Jesus apareceu aos seus
discípulos. Tomé não estava presente no primeiro aparecimento, e duvidou que
Jesus tivesse realmente sido visto. Quando Jesus apareceu novamente, Tomé viu e
fez a seguinte afirmação a Jesus: “Meu Senhor e meu Deus”. Não há indicação de
que Jesus tentasse corrigir isto. Jesus aceitou esta adoração, tanto como a
referência a sua divindade. De fato, ele respondeu a Tomé: “Porque tu me viste,
acreditaste?” (20:29).
c. Hebreus 1:6. Referindo-se a Jesus, o texto diz: “Que todos os anjos
de Deus o adorem”. Esta instrução é dada pelo Pai. A Bíblia mostra que os anjos
sabiam que o único que poderiam adorar corretamente era Deus. (Apocalipse
19:10). Se lhes é dito por Deus para adorarem Jesus, então esta é uma clara
implicação do ensinamento de que Jesus é Deus.
4. A RESSURREIÇÃO. Se há um evento no qual todo o ensinamento bíblico
repousa, é a ressurreição. Pela ressurreição, Jesus foi “designado Filho de
Deus com poder” (Romanos 1:4). Este é o único milagre na Bíblia que, se
historicamente verdadeiro, valida a possibilidade de todos os outros milagres,
e a história como registrada na Bíblia. Por esta razão, é uma das questões mais
acaloradamente debatidas. Os revisionistas têm buscado várias explicações para
o corpo de Cristo desaparecido do túmulo. “A ressurreição é excluída a priori
do tribunal porque ela transcende tempo e espaço. Os historiadores têm então
que arranjar outra razão para explicar as origens do cristianismo” (Woodward
65). Um estudioso do Novo Testamento argumentou que a ressurreição é uma “fórmula
vazia” que precisa ser rejeitada por alguém que tenha um “ponto de vista
científico” (Woodward 62). Assim, alguns, como Crossan, argumentam que o corpo
de Jesus foi devorado por cães selvagens. Outros dizem que ele apenas pareceu
estar morto. Outros argumentam que seu corpo apodreceu no túmulo, e que os
discípulos foram à sepultura errada. Então alguns argumentam que os
aparecimentos de Jesus foram somente experiências psicológicas, “um êxtase de
massa”. É interessante que, na busca pelo Jesus “histórico,” estudiosos
especulem sobre estas coisas para as quais eles não têm evidência histórica
concreta, objetiva. Ainda assim, esperam que esqueçamos a evidência bíblica e
aceitemos as especulações.
Contudo, como muitos outros argumentam, há forte evidência histórica
para a declaração de Jesus de ser o Messias, e para sua ressurreição corporal
(cf. Ostling e Towle 58). Para descartar definitivamente a evidência bíblica
por causa da suposição de que milagres como a ressurreição não poderiam ter
ocorrido reflete falta de investigação honesta de matérias históricas.
Testemunhas oculares declaram ter visto Jesus vivo depois que ele tinha
morrido. O corpo tinha sumido do túmulo depois do sepultamento, e “nenhuma
explicação natural convincente é disponível para responder por este fato”
(Craig 280). Na verdade, qualquer outra explicação envolverá necessariamente
especulação, pois não há nenhuma evidência contemporânea primitiva crível que
responda pelos fatos de outra maneira. Se alguém está indo buscar o Jesus
histórico, então os registros do evangelho têm que ser trazidos para
testemunho, pois não tem havido “nenhum dado novo sobre a pessoa de Jesus desde
que os Evangelhos foram escritos” (Woodward 70).
A evidência histórica é suficientemente maciça para convencer o investigador
de mente aberta. Por analogia com qualquer outro evento histórico, a
ressurreição tem evidência eminentemente crível por trás dela. Para
desacreditar, precisa-se deliberadamente fazer exceção às regras que se usam em
toda parte na história. Agora, porque alguém haveria de querer fazer isso?
(Kreeft e Tacelli 197).
A ressurreição atesta a identidade de Jesus. Ela declara, com poder, que
Jesus foi o Filho de Deus (Romanos 1:4). A Bíblia usa a ressurreição para
reforçar a crença em Jesus como o Filho de Deus. Os discípulos que ficaram
grandemente desalentados com a morte de Jesus ficaram convencidos de que Jesus
se levantou e se mostraram subsequentemente, dispostos a morrer para pregar
isso. De todos os milagres e notáveis eventos registrados na Bíblia, a
ressurreição é o mais significativo. Se ela não aconteceu, então aqueles que
dedicam suas vidas a Jesus fazem-no em vão (1 Coríntios 15:12-19). Se ela, de
fato, aconteceu, “valida sua declaração de ser divino e não meramente humano,
pois a ressurreição da morte está além do poder humano; e sua divindade
convalida a verdade de tudo o mais que ele disse, pois Deus não pode mentir”
(Kreeft e Tacelli 176).
O ESPÍRITO SANTO É DEUS E DIGNO SER ADORADO
Espírito Santo é uma pessoa divina, igual em substância, poder e glória
com o Pai e o Filho, podemos observar nas Escrituras.
É um Ser pessoal. Alguns crêem que o Espírito Santo é um “poder” ou uma
“energia” de Deus. Mas há muitos versos onde o Ele é mencionado junto com o Pai
e o Filho (Mat. 28:19; I Cor. 12:4-6; II Cor. 13:14). Isso indica que o Pai e o
Filho são pessoas; portanto, o Espírito Santo deve também ser uma pessoa.
Frequentemente, o pronome masculino “Ele” é usado em referência ao Espírito
Santo (João 14:26; 15:26; 16:13 e 14), embora a palavra grega para Espírito
(pneuma) seja neutra e não masculina. A palavra “consolador” ou “confortador”
(parakletos) refere-se a uma pessoa, não a uma força.
O Espírito Santo fala (Atos 8:29), ensina (João 14:26), dá testemunho
(João 15:26), intercede por outros (Rom. 8:26 e 27), distribui dons (I Cor.
12:11) e proíbe ou permite certas coisas (Atos 16:6 e 7). De acordo com Efés.
4:30, o Espírito Santo pode também ser entristecido. Essas atividades são
características de uma pessoa, não de uma força.
É Deus. As Escrituras veem o Espírito Santo como Deus. Desde a
eternidade de Deus o Espírito Santo participa da Divindade como Seu terceiro
componente. Em Mat. 28:19, os discípulos foram ordenados a batizar “em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Esse verso coloca o Espírito Santo em
igualdade com o Pai e o Filho. Ao repreender Ananias, Pedro lhe disse que
mentindo ao Espírito Santo, ele tinha mentido “não a homens mas a Deus” (Atos
5:3 e 4).
“O Espírito Santo é onipotente. Ele distribui dons espirituais ‘como Lhe
apraz, a cada um individualmente’ (I Cor. 12:11). Ele é onipresente; habitará
com Seu povo para sempre (João 14:16). Ninguém pode fugir à Sua influência
(Sal. 139:7-10). Ele também é onisciente, porque ‘a todas as coisas perscruta,
até mesmo as profundezas de Deus’ e ‘as coisas de Deus ninguém conhece, senão o
Espírito de Deus’ (I Cor. 2:10 e 11).”
É comum ouvir pessoas sinceras, das mais variadas Igrejas Evangélicas,
defenderem fervorosamente a ideia de que possui a verdade, o que em parte é
aceitável. Assim levantam-se todos a uma voz e gritam: "Nós estamos com a
verdade!? Não descreio, porque Jesus Cristo é a verdade. Deus é a verdade. A
Bíblia é a verdade. E quem se fundamenta nestas verdades pode enunciar
possuí-las. ? Mas... pergunto: é somente estas a verdade de Deus? O que é a
verdade para Deus?
Antes de continuar, irmão, raciocine comigo: o que é uma casa?
Certamente, para ser uma casa, é preciso que se tenha: piso, paredes, teto,
compartimentos, etc... Havendo apenas paredes e piso, não se pode dizer que
seja uma casa. Com sinceridade, o máximo que se pode admitir é ser uma casa
incompleta.
Uma árvore também, para ser considerada como tal, terá que ter raízes,
tronco, folhas, etc. Tendo apenas raízes e um tronco quebrado ou cortado não é
em si mesma uma árvore, mas um pedaço de árvore. Assim, a verdade que Deus
deseja que o homem encontre é um conjunto de verdades que em si forma a verdade
pura e cristalina que restaura, liberta e santifica. E, esta verdade completa,
é apresentada pela Bíblia como sendo um conjunto de cinco colunas, que formam,
portanto, a verdade total de Deus.
Primeira Coluna:
Deus é a verdade (Isaías 65:16).
Segunda Coluna:
Jesus Cristo é a verdade (João 14:6).
Terceira Coluna:
O Espírito Santo é a verdade (João 16:13).
Quarta Coluna:
A Bíblia é a verdade (João 17:17).
Se você leitor, tem, crê e vive estas verdades, está no caminho certo,
mas... ainda lhe falta alguma coisa, e esta é a:
Quinta Coluna:
A Lei de Deus é a verdade (Salmo 119:142).
Eis aqui, amado, a verdade completa, apresentada pela santa Bíblia. Mas,
lamentavelmente, uma verdade deste conjunto glorioso está sendo desprezada. Uma
destas verdades santificadoras foi lançada por terra (Daniel 8:12), e poucos
são os que a têm levantado, reconduzindo-a ao seu devido lugar.
CONCLUSÃO:
Vimos então que a Divindade existe em uma pluralidade; que Jesus é Deus,
coexistente desde a eternidade com o Pai, juntamente com a terceira pessoa da
Divindade Deus Espírito Santo, mesmo que não apareça na Bíblia à palavra
"Trindade", mas é mencionado de modo incontestável (Mateus 28:19;
João 14:16). Diante de tudo que vimos e aprendemos com transparência e verdade
as evidencia encontradas na Bíblia de que devemos Sim crer na Trindade e que
são plenamente divinos e que deve sim ser adorado por toda humanidade. (Hebreus
1:1-3; João 1:1-3,14; Romanos 1:20; Colossenses 2:9).
Por Antony Cleriston.
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